Prevalência de asfixia perinatal em recém-nascidos de termo em maternidade de referência terciária e principais disfunções orgânicas associadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n3p10-14

Palavras-chave:

Recém nascido, Asfixia neonatal, Hipóxia encefálica

Resumo

Objetivo: conhecer a prevalência de asfixia perinatal e encefalopatia hipóxico isquêmica em recém-nascidos de termo no Serviço de Neonatologia de uma maternidade pública terciária do município de Fortaleza. Metodologia: foi realizado um estudo transversal, retrospectivo de dados secundários coletados nos prontuários dos recém-nascidos de termo com apgar menor que sete no quinto minuto de vida. Período: 1 de março a 31 de agosto de 2016. Resultados: ocorreram 2.586 nascimentos, 1.919 foram de recém-nascidos termo e destes, dezenove apresentaram asfixia. Oito pacientes foram excluídos por malformação congênita. A prevalência de asfixia observada foi de 5,7 por 1000 nascimentos a termo. Da amostra incluída, a frequência de encefalopatia foi de 54%. A taxa de óbito foi de 45%. Encontramos alteração de enzimas cardíacas em 82% dos casos e em 36% regurgitação tricúspide. Apresentaram função renal alterada 27% e oligúria 45%. Necessitaram de ventilação mecânica 64%. Enzimas hepáticas estavam alteradas em 54% dos casos. Os pacientes com encefalopatia grave apresentaram disfunção de dois ou mais sistemas e todos foram a óbito. Conclusão: a prevalência de asfixia encontrada no estudo está dentro do esperado para uma maternidade de referência.

Biografia do Autor

Ionara Lucena Machado, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Médica pediatra, residente do Programa de Neonatologia, Maternidade Escola Assis Chateubriand (MEAC).

Maria Francielze Holanda Lavor, Maternidade Escola Assis Chateubriand (MEAC)

Médica pediatra e neonatologista, Mestra em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Médica da Maternidade Escola Assis Chateubriand (MEAC).

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Publicado

2018-09-28

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS