Prevalência de Chikungunya e manejo clínico em idosos

Autores

  • Hérick Hebert da Silva Alves Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)
  • Sandna Larissa Freitas dos Santos Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • John Elvys Silva da Silveira Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)
  • Carla Patrícia de Almeida Oliveira Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)
  • Karla Bruna Nogueira Torres Barros Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)
  • Donato Mileno Barreira Filho Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2020v60n1p15-21

Palavras-chave:

Manifestações clínicas, Saúde do idoso, Vírus Chikungunya

Resumo

Objetivo: verificar a prevalência de Chikungunya e as medidas terapêuticas utilizadas entre os idosos que frequentam a casa de acolhida Remanso da Paz-CE. Metodologia: trata-se de um estudo do tipo transversal, descritivo, explicativo com abordagem baseado em evidências de caráter quali-quantitativo, realizado durante os meses de outubro a dezembro de 2017, no município de Quixadá-CE, incluído idosos com idade acima de 60 anos e portadores da infecção mencionada. Foi aplicado um formulário para coleta de dados e colhido a opinião dos idosos que se sentiram dispostos a relatar sobre a contribuição dos serviços prestados depois do estudo, sendo disponibilizado no final um folder educativo contendo informações sobre a doença. Dos 27 idosos entrevistados, apenas 19 idosos continuaram na pesquisa. O trabalho foi submetido e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos com o parecer nº 2.316.127. Resultados: 70,3% dos idosos entrevistados tiveram infecção pelo vírus Chikungunya, e alegaram ter viajado para regiões epidêmicas. Houve maior predominância de mulheres 52,6% entre 63 a 92 anos de idade. As manifestações clínicas relatadas foram febre e dores articulares (100%). Foram usadas compressas de gelo (52,6%), hidratação (63,2%), Dipirona (84,2%), Paracetamol (89,5%) e Ácido Acetilsalicílico (36,8%). Para suprir a falta de informação, realizaram-se atividades na forma de palestras e conversação individualizada, disponibilizando ao final da entrevista um folder informativo. Conclusão: notou-se uma prevalência elevada da infecção pelo vírus Chikungunya e a carência de um acompanhamento multiprofissional, porém, as ações educativas aplicadas supriram a falta de informação.

Biografia do Autor

Hérick Hebert da Silva Alves, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

Farmacêutico, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

Sandna Larissa Freitas dos Santos, Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Farmacêutica, Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará (UFC).

John Elvys Silva da Silveira, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica).

Carla Patrícia de Almeida Oliveira, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

Farmacêutica Bioquímica, Docente do curso de Farmácia, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica).

Karla Bruna Nogueira Torres Barros, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

Mestre em Ensino na Saúde, Coordenadora e Docente, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica).

Donato Mileno Barreira Filho, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)

Mestre em Saúde Pública, Docente, Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica).

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Publicado

2020-03-30

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS