Análise epidemiológica e clínica dos nódulos de parótida: estudo retrospectivo

Autores

  • Sheila Maria da Conceição Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Thiago Demétrio Nogueira Costa e Silva Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)
  • Cláudia Isabel Silva Carlos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Emidiana Raquel Rodrigues de Souza Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2020v60n1p35-40

Palavras-chave:

Neoplasias, Glândula Parótida, Ultrassonografia, Biópsia por Agulha

Resumo

Objetivo: descrever o perfil epidemiológico e incidência de doenças na glândula parótida (benigna e maligna) dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico na parótida no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) nos últimos 6 anos (2009 – 2015). Metodologia: estudo do tipo observacional, longitudinal e retrospectivo, com aplicação de questionário estruturado nos prontuários eletrônicos de 33 pacientes. Posteriormente foi feita reavaliação clínica de 12 pacientes. Resultados: destes 12 pacientes, 66,7% são mulheres, a média de idade foi 50,2 anos. A doença cardiovascular (41,7%) foi a principal comorbidade, e 41,7% tinham o tabagismo como fator de risco. Observou-se que 80,0% possuíam nódulos benignos. O principal sintoma foi a presença de lesão nodular única e sólida (100,0%), 72,7% possuíam lesões móveis e o tempo médio de crescimento foi 5,1 anos. Dos pacientes, 75,0% fizeram ultrassonografia (USG), e 25,0% tinha descrição de dados ultrassonográficos específicos. Foi realizada punção aspirativa por agulha fina (PAAF) em 75,0% dos casos, onde 62,5% indicaram adenoma pleomórfico, 25,0% lesão de células epitelioides e 12,5% suspeita de malignidade. Em 2013 ocorreu a maioria das cirurgias (41,7%). Conclusão: os dados relacionados à neoplasia de parótica foram condizentes com a literatura. A PAAF se conferiu confiança em seus resultados.

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Publicado

2020-03-30

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS