Lesões cervicais de alto grau em adolescentes e fatores clínicos‑epidemiológicos associados

Autores

  • Émilie Beviláqua de Carvalho Miranda Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC/UFC/EBSERH), Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Raquel Autran Coelho Peixoto Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC/UFC/EBSERH), Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2023v63n1e62602p1-4

Palavras-chave:

Adolescente, Neoplasia intraepitelial cervical, Teste de Papanicolaou

Resumo

Objetivo: Avaliar prevalência de lesões cervicais de alto grau em adolescentes em maternidade terciária, bem como fatores clínico-epidemiológicos correlacionados. Métodos: Estudo retrospectivo caso-controle, que avaliou exames citopatológios, colposcópicos e histopatológicos, sexarca e paridade de adolescentes de 10 a 19 anos, no período de 2016 a 2018. Resultados: Foram coletados 2697 exames citopatológicos no período do estudo, das quais apenas 6 corresponderam a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (LIEAG) em adolescentes, compondo o grupo de casos. Não houve casos de carcinoma cervical. O grupo controle com 33 pacientes correspondeu às adolescentes com citopatológico normal. A média da sexarca foi de 14,8 e 14,3 anos nos grupos caso e controle, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparadas sexarca (p = 0,464) e paridade (p>0,999). Conclusão: Apesar do rastreio de câncer de colo de útero para adolescentes não ser preconizado pelo Ministério da Saúde, persiste a prática da coleta entre alguns profissionais. A baixa prevalência (0,22%) de lesões cervicais de alto grau em citopatológico nesse grupo foi reafirmada, podendo ser ainda menor quando avaliados resultados histopatológicos. Não houve casos de câncer de colo. Fatores associados, como sexarca e paridade, não foram estatisticamente significativos.

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Publicado

2023-02-28

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS