Pneumonia em organização secundária ao uso do everolimus – relato de caso

Autores

  • Gabriel Mendonça Diniz Lima Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
  • Ana Laís Lacerda Rulim Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
  • Gunter Gerson Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
  • Lucyara Gomes Catunda Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2023v63n1e78229p1-5

Palavras-chave:

Pneumonia por bronquiolite obliterante em organização, Everolimo, Efeitos colaterais e reações adversas relacionadas a medicamentos

Resumo

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente que desenvolveu pneumonia em organização (PO) com presumida associação ao uso do everolimus. Metodologia: Estudo do tipo relato de caso, tendo os dados sido coletados por meio do prontuário médico e a revisão bibliográfica pesquisada pelo PUBMED. Resultados: O relato de caso é de uma paciente de 66 anos que realizou transplante renal, e após, iniciou o uso do tacrolimus e everolimus. Depois de 1 ano e cinco meses do transplante desenvolveu tosse seca e febre. Então internou-se para investigação, sendo excluídas causas infecciosas e autoimunes. Progrediu com piora clínica, foi entubada e permaneceu em leito de terapia intensiva. Foi realizado biópsia pulmonar com resultado compatível para PO. O quadro clínico foi correlacionado ao uso do everolimus, sendo suspenso e iniciado prednisona, evoluindo com melhora clínica. Conclusão: Os inibidores da mTOR são medicações com forte associação com o desenvolvimento de doenças pulmonares intersticiais. A temporalidade, na literatura, é variável desde o início do everolimus ao surgimento dos primeiros sintomas. Nesse caso, o everolimus foi a droga relacionada ao desenvolvimento da PO, pelo maior número de casos na literatura quando comparado ao tacrolimus, cujas evidências são mais fracas.

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Publicado

2023-06-30

Edição

Seção

RELATOS DE CASO