Análise epidemiológica e da sobrevida de pacientes com câncer de hipofaringe

Autores

  • Thiago Demétrio Nogueira Costa e Silva Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)
  • Emidiana Raquel Rodrigues de Souza Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Sheila Maria da Conceição Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
  • Cláudia Isabel Silva Carlos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2019v59n4p39-45

Palavras-chave:

Neoplasias faríngeas, Carcinoma de células escamosas, Perfil epidemiológico, Análise de sobrevida

Resumo

Introdução: o câncer de hipofaringe possui um dos piores prognóstico dos tumores de cabeça e pescoço. A despeito dos avanços na Oncologia, a sobrevida livre de doença ainda é baixa. Objetivo: traçar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes com carcinoma epidermoide de hipofaringe e analisar a sobrevida. Método: foi realizado estudo retrospectivo por meio dos prontuários de pacientes com a doença atendidos em um centro de oncologia no período de 2006 a 2013. Os dados foram analisados por estatística descritiva exploratória. A sobrevida foi descrita pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: houve predomínio de homens (86,4%), com idade média de 57,5 anos, pardos (52,6%), agricultores (38,1%), tabagistas (93,7%) e sem histórico familiar de câncer (62,5%). A queixa inicial mais relatada foi a odinofagia (45,5%). Na maioria dos casos, o tumor encontrava-se no recesso piriforme (50,0%), em estádio avançado (95,2%), sendo tratado predominantemente com radioterapia associada à quimioterapia (59,1%). A sobrevida média dos pacientes foi de 204,5 dias, enquanto que a taxa de mortalidade foi de 72,7%. Conclusão: o padrão encontrado é semelhante ao de outros estudos. A alta taxa de pacientes em estádio avançado e o alto índice de mortalidade indica diagnóstico tardio, o que reflete a necessidade de ações preventivas.

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Publicado

2019-11-27

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS