LEITURA: UMA FELICIDADE CLANDESTINA

Autores

  • Germana Maria Araújo Sales

Resumo

Felicidade Clandestina, conto de Clarice Lispector, narra em primeira pessoa, a história de uma personagem apaixonada por livros. Nesta narrativa, são relatados os modos de apropriação e desapropriação da leitura e do livro, oportunizados pela “ânsia de ler”, quando a narradora introduz, em sua infância, uma felicidade “ilusória”, clandestina. A pequena leitora ansiava pelo empréstimo do livro, propriedade de uma menina má, que nega a cessão da obra, afirmando sempre que ela não está em suas posses. A agonia da leitora acaba, quando a mãe da menina má põe fim a desilusão, entregando o livro desejado à ansiosa leitora. Neste episódio, observa-se a presença misteriosa e suspensa do livro como instrumento transgressor e transformador de uma realidade linear. A posse do volume nas mãos traduz um indecifrável sentimento na menina. Tal qual outras personagens leitoras, a menina busca a leitura como a um amante e, a sua posse, causa-lhe uma indecifrável felicidade; passando a saborear, lentamente “aquela felicidade clandestina”. Palavras-chave: Leitura, felicidade clandestina, leitor.

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Como Citar

ARAÚJO SALES, Germana Maria. LEITURA: UMA FELICIDADE CLANDESTINA. Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 29, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/revletras/article/view/2337. Acesso em: 13 out. 2024.