“O que foi que eu escrevi aqui, hein?”

vivências de uma mulher negra com a escrita acadêmica

Autores

  • Gabriela Vieira Rebouças Universidade Estadual do Ceará

Palavras-chave:

Mulheres negras. Academia. Escrita. Bloqueio criativo.

Resumo

Este resumo aborda sobre as minhas vivências, enquanto mulher negra, com relação à escrita da minha tese de doutorado em Sociologia. A lógica acadêmica, branca, heteronormativa, eurocêntrica e elitista, ainda impõe e reproduz normas e condutas de uma “boa escrita” e concede a determinados grupos, brancas/os, privilégios por serem consideradas/os as/os sujeitas/os produtoras/es de conhecimento. Sob este modus operandi da academia, convivo com o desafio de pôr as ideias no papel, enfrentando situações de autossabotagem, procrastinação e insegurança no desenvolvimento do trabalho supracitado. Com base nas leituras de bell hooks (2019) e Audre Lorde (2020), tenho percebido que esses bloqueios criativos são construtos destas relações de poder e opressão, por isso que a escrita, para nós, mulheres negras, tem se tornado também uma importante ferramenta de transformação e subversão desse sistema.

Biografia do Autor

Gabriela Vieira Rebouças, Universidade Estadual do Ceará

Mestra em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Universidade Estadual do Ceará (UECE).

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Publicado

2023-01-17

Edição

Seção

GT 2 - DESAFIOS DA ESCRITA ACADÊMICA E DO FAZER PESQUISA NAS CIÊNCIAS HUMANAS