DIABETES MELLITUS PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SEGUIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO CEARÁ.
Resumo
Introdução: O transplante de fígado se configura entre as opções terapêuticas mais importantes no tratamento da insuficiência hepática. Uma das suas complicações é o desenvolvimento de diabetes mellitus pós-transplante (DMPT), decorrente da presença de múltiplos fatores de risco como o uso de imunossupressores. O DMPT é associado a desfechos adversos como aumento da mortalidade, redução da sobrevida do enxerto, risco de sepse e de complicações microvasculares quando comparados a indivíduos sem DMPT. OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes com DMPT identificando seus potenciais fatores de risco. MÉTODOS: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo em um hospital de referência no Ceará entre 2009 a 2015, com dados coletados nos prontuários. Avaliadas variáveis demográficas e clínicas, incluindo comorbidades, índice de massa corporal (IMC), hemoglobina glicada (HbA1c) e da terapia imunossupressora. RESULTADOS: Dos 868 pacientes foram submetidos a transplante hepático, 5,3%(46/868) já eram diabéticos. Dos 822 não diabéticos,8,2% (67/822) foram diagnosticados com DMPT. A média de idade ao diagnóstico foi 58,63 ± 10,5 anos e 77,8% (n= 52) eram homens. Hipertensão arterial estava presente em 41,8% (28/67), dislipidemia em 6% (4/67) e sobrepeso/obesidade em 65,7% (n=44/67). A hemoglobina glicada média ao diagnóstico foi de 7,06 ± 2,3% e 29,8% (20/67), tinha história familiar de diabetes. Os esquemas imunossupressores eram com 2 a 3 drogas, principalmente tacrolimus, prednisona e micofenolato de mofetila. CONCLUSÃO: Idade média maior que 40 anos, síndrome metabólica, sobrepeso/obesidade e história familiar de diabetes foram fatores de risco para desenvolvimento de DMPT. Deve-se fazer um seguimento rigoroso nos candidatos a transplante hepático, em especial naqueles com essas características, além do combate aos fatores de risco modificáveis, pois a prevenção e o diagnóstico precoce do DMPT evitará os desfechos adversos associados a essa condição.Downloads
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Publicado
2017-11-08
Como Citar
Guerin, L. de S., Branco Dantas, N. C., Tavares de Sousa, L. M., Montenegro Jr, R. M., Fernandes, V. O., & Fernandes, V. O. (2017). DIABETES MELLITUS PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SEGUIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO CEARÁ. Encontros Universitários Da UFC, 2(1), 4376. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/29400
Edição
Seção
VII Encontro de Bolsistas de Apoio a Projetos da Graduação
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