DEBATE COM GINGA: UM PROJETO DE EXTENSÃO

Resumo

Identificada como bem cultural registrado pelo governo brasileiro, no ano de 2008, a capoeira torna-se patrimônio nacional, preservando a essência de um povo, seus saberes e práticas, suas formas de ver e pensar o mundo, cuja tradição é repassada de geração a geração. Em 2014, a UNESCO a considera como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Assim, a capoeira tornou-se uma das práticas corporais mais presentes no Brasil, com mais de 6 milhões de praticantes. Este trabalho tem como objetivo descrever a história do projeto de extensão Debate com ginga: as multifaces da capoeira, que promove debates de manifestações afro-brasileiras relacionadas com a capoeira. Utiliza como metodologia a pesquisa histórica e entrevista como técnica para coleta de dados. O projeto nasceu no ano de 2012, realizado pela Associação Sociocultural Viva Capoeira Viva (ASCV). Em 2014, passou a acontecer no auditório do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, e, a partir do ano de 2016, tornou-se projeto de extensão, da Universidade Federal do Ceará (UFC), junto ao Instituto de Educação Física e Esportes (IEFES), em parceria com a ASVCV, com certificação para todos que participam. Esta união surgiu a partir da necessidade de ampliar o projeto sob o apoio da universidade, para que dessa forma agregasse professores e alunos de diversas áreas, debatendo seus saberes, e principalmente, alcançando a sociedade fora da universidade. As ações contam com a participação de um bolsista, cedido pela Universidade, que contribuí no planejamento e na divulgação das palestras nas redes sociais; faz a transmissão entre a universidade, sociedade e os demais envolvidos no projeto e auxilia na entrega dos certificados. A partir da análise e da entrevista realizada, fica evidenciada a importância do projeto, uma vez que ao longo de sua história o mesmo promove a integração entre setores diferentes da sociedade, aproximando quem está dentro e fora da Universidade.