HABITAR À MARGEM DA VIDA: DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO POPULAR

Resumo

Este trabalho surgiu da parceria entre o Laboratório de Estudos Agrários e Territoriais (LEAT), Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e Movimento de Educação de Base (MEB), tem como objetivo alfabetização de pessoas em situação de rua e catadores de material reciclável, apoiado no método Paulo Freire, que usa da realidade concreta para o processo de ensino e emancipação. O LEAT e o PIBID tem experiência acumulada de aproximadamente 30 anos de trabalho com educação popular e diferenciada, movimentos sociais e sindicais tendo base para auxiliar no processo de alfabetização e fomentar as práticas de discussões dos grupos. O MEB desenvolve atividades de educação popular no Brasil desde meados dos anos de 1960. Como procedimento metodológico começamos com leituras sobre a temática para construir o referencial teórico, discussões com os componentes da equipe MEB para compreender a dinâmica do morador de rua e catador de material reciclável de Fortaleza. A segunda etapa será a formação continuada ministrada pelo MEB para a realização das atividades de alfabetização diferenciada. As aulas ocorrerão três vezes por semana, com uma carga horária de doze horas semanais. Uma sala de aula situa-se na Catedral, a outra na Associação dos Catadores de Material Reciclável do Jangurussu (ASCANJU). O material utilizado será construído pelos educadores, educadoras, educandos e educandas, de acordo com a realidade cotidiana e vivência de cada grupo. Aspira-se que os sujeitos consigam de forma ampla compreender o processo de alfabetização fazendo conexão com sua realidade, para entender as dinâmicas da sociedade e o que ele representa no grupo social. Após a realização das atividades têm-se a proposta de criação de blog/site para a exposição dos resultados obtidos e ponderações acerca do projeto.