PRESCRIÇÃO OFF-LABEL DE VIGABATRINA NO AMBULATÓRIO DE NEUROLOGIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN

Resumo

Introdução/Justificativa: A prática de indicação pediátrica sem evidências clínicas, em condições diversas das estudadas e preconizadas, são conhecidas como uso off-label. O uso desses medicamentos off-label na pediatria é uma prática recorrente no Brasil, por isso é de fundamental importância fazer o acompanhamento da prescrição no que diz respeito a garantir a saúde do paciente. Objetivo: Identificar e quantificar as prescrições off-label de vigabatrina no ambulatório de neurologia pediátrica do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), considerando os aspectos relativos à idade do paciente, indicação e a posologia. Material e Método: Projeto realizado numa parceria entre o Centro de Farmacovigilância do Estado do Ceará - CEFACE (GPUIM/UFC) e o HIAS, este último o local da pesquisa, coleta realizada entre abril e julho de 2017. O estudo foi retrospectivo (nov/16 a mar/17), onde as variáveis analisadas foram: a) Paciente (idade, sexo e peso) e Prescrições (medicamentos prescritos, apresentação, forma farmacêutica, dose, via e frequência de administração), com análise do uso off-label nesses parâmetros descritos para a indicação como anticonvulsivante. Resultados: Das 20 prescrições coletadas, 13 apresentavam uso off-label da vigabatrina, no que dizia respeito a dose (comprimido partido) e a idade (idade inferior ao preconizado na bula). Conclusão: Foi possível concluir que existe uso off-label de vigabatrina principalmente em relação a dose e a idade, isso se dá pelo fato de não haverem alternativas para o uso deste medicamento, bem como, a não disponibilidade no mercado de apresentações do mesmo em doses especificas para esse grupo. Cabe ao farmacêutico realizar o acompanhamento dos pacientes e também orientar os outros profissionais da saúde sobre o uso racional, para garantir a segurança e a efetividade do tratamento.