VALORAÇÃO DOS SERVIÇOS AMBIENTAIS PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO: PRAÇA CARLOS ALBERTO STUDART (FORTALEZA/CE)

Resumo

A valoração econômica dos espaços públicos, como praças e bosques, visa atribuir valores aos usos potencias sociais e ambientais. Demanda a externalização das preferências de seus usuários para que auxilie os gestores na tomada de decisão e em políticas públicas, alvejando o bem-estar-social. Nesta conjuntura, aplicou-se Método de Valoração Contingente, na Praça Carlos Alberto Studart, localizada no bairro Aldeota, popularmente conhecida como Praça das Flores, para estimar a disposição a pagar pelo referido bem. A praça está localizada próximo a hospitais, comércios e residências o que a torna um ponto de referência aos moradores e visitantes locais, ademais é uma das áreas mais arborizadas de Fortaleza e que tem disponível espaços para atividades físicas e de lazer. As condições atuais da praça são devido a requalificação realizada no período de 2015/2016 em parceria público-privada entre a Prefeitura e o grupo BSPAR Incorporações. Este estudo objetivou, caracterizar variáveis socioeconômicas dos entrevistados, descrever a percepção ambiental dos mesmos, as suas relações com aspectos ligados à prática de atividade física e estimar a disposição a pagar pelos serviços ecossistêmicos do local, comparando, posteriormente, com dados de questionários já obtidos em 2014. Foram aplicados, até o presente momento, 21 questionários, onde verificou-se que os frequentadores apresentam uma renda média mensal de R$ 2.610,00, 57% são mulheres, 48% são solteiros, 33,1% possuem ensino superior completo e 48% dos frequentadores são de bairros próximos à praça. O valor médio da disposição a pagar foi de R$ 4,45 por mês. Esse resultado é parcial e pode ser tendencioso, pois, verificou-se, com base nas entrevistas, que o comportamento do indivíduo diante da pergunta direta e aberta pode ir além de sua real disposição a pagar e foram encontrados nos questionários respostas em forma de protestos devido a insatisfação e desconfiança da atual política governamental.