A BANDA DE FANFARRA NO PIBID-MÚSICA UFC/SOBRAL: VIVÊNCIAS E APRENDIZADOS

Resumo

Este trabalho foi realizado a partir da experiência vivida na CSETI Maria Dorilene Arruda Aragão na Oficina de Sopros que faz parte das atividades de contraturno do Pibid Música UFC/Sobral, o qual acontece uma vez por semana durante 50 minutos. A investigação tem como objetivo principal caracterizar o processo de vivências e aprendizados na elaboração da banda de fanfarra da referida escola, que contempla: elementos de teoria musical e prática instrumental para bandas marciais; além de noções de organização, disciplina, cidadania e prática em grupo. Os conteúdos repassados para os alunos partem do método Da Capo de Joel Barbosa com algumas adaptações, tais como solfejos em grupo com o auxílio da manossolfa, percepção musical, exercícios rítmicos e leitura melódica. Como resultados aponta-se que todos os alunos inseridos na prática de sopros passaram a conviver melhor com os colegas e se ajudaram entre si nas dificuldades encontradas na prática instrumental e teórica, o que facilitou o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos, além da ampliação da compreensão da teoria musical, a melhoria da postura e emissão das notas. Apesar dos avanços listados, alguns pontos negativos relevantes se destacam no estudo como, por exemplo: o tempo reduzido da oficina de sopros; a dificuldade de acesso aos instrumentos pelos participantes para o estudo individual dos instrumentos e; a falta de manutenção dos instrumentos da banda de fanfarra pela gestão escolar. Apesar das dificuldades elencadas, conclui-se que o ensino de instrumentos de sopro em escolas de Ensino Fundamental se torna uma prática muito eficaz para contemplar a vivência e o aprendizado musical em grupo. Por isso, é totalmente viável sua aplicação no meio escolar, pois contribui dando um suporte eficiente para os alunos desenvolverem a “musicalização participativa” que traz uma maior troca de experiências e conhecimentos entre os alunos.