ESTÁGIO CURRICULAR EM GEOGRAFIA IV: DEBATENDO O CONFLITO SÍRIO.

Resumo

Este trabalho trata das atividades do Estágio Curricular em Geografia IV, do 8º semestre da licenciatura. O estágio realizado na EEFM João Mattos propõe diversas atividades, dentre elas a regência. Como parte da regência, propomos discutir o conflito Sírio. A atividade foi desenvolvida com 04 turmas de 1º ano do ensino médio, com carga horária de 04 h/a semanais em cada. A guerra civil Síria é uma disputa que perdura desde 2011, onde a população influenciada pela Primavera Árabe começa a protestar contra o governo. O embate progrediu para uma violenta revolta armada em 2011, enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder para instalar uma nova liderança mais democrática no país. O governo sírio alega estar apenas combatendo "terroristas armados que visam desestabilizar o país". O objetivo era compreender a percepção dos educandos acerca desse conflito, além de desenvolver a percepção crítica sobre a guerra e contribuir para que não sejam propagadas a xenofobia e a intolerância religiosa. Nas aulas foram discutidos os conceitos geográficos de território e região como meio para desmistificar as concepções que colocam o fanatismo religioso como principal causa do conflito. As cinco frentes que lutam pelo controle do país reforçam o caráter global de uma guerra que afeta o mundo, pois grande parte da população foi obrigada a fugir do país. Inicialmente os educandos reforçaram os preconceitos difundidos na mídia e internet, que colocam a religião Islâmica como causadora de todo o mal, pois presumem ser intolerante. Ao verificarem onde se dispõem os exércitos que lutam dentro do país, passaram a compreender que a religião é utilizada como pano de fundo para interesses econômicos, por exemplo, controlar as reservas de petróleo. Entenderam também que a xenofobia e a intolerância religiosa só contribuem para o aumento do terrorismo. O ensino de Geografia na escola reforça a sua importância na formação de cidadãos críticos.