O SENSO DE HUMOR NO AMBIENTE DA SALA DE AULA DAS DISCIPLINAS DE FINANÇAS: OS ACHADOS DE CAMPO

Resumo

Obter uma audiência espontânea e simultaneamente resgatar um impulso motivacional com intuito de manter uma plateia de discentes atenta ao conteúdo das aulas de finanças se configura uma odisseia cotidiana. Tornar as explicações mais palatáveis no processo cognitivo do aluno requerem estratégias inteligentes. Apresentar o conceito técnico exige uma contextualização para facilitar a familiarização do mesmo. O “engraçado” no formato do humor se configura promissor. O que se edifica na perspectiva de questionamento é: como o senso de humor interfere na exposição de tópicos nas disciplinas de finanças em sala de aula. A discussão transita pelas abordagens teórico-reflexivo partindo da premissa da facilidade de relacionar a explanação das temáticas financeiras no próprio processo de aprendizagem. Haja vista o setting de pesquisa se constituir de atores em que o próprio pesquisador é parte do elenco cuja ação educativa é concretizada em duas disciplinas as quais ofertadas por uma universidade federal em um espaço físico e temporal delimitado, a investigação convergiu para um estudo de caso. Ele é procedido em um ambiente natural em um contexto específico fazendo jus o seu desenvolvimento e sentido. A coleta de dados se apropriou da observação controlada, da análise de artefatos documentais gerados pelos próprios sujeitos de pesquisa e da captura da fala quando provocados. O bloco de campo se constituiu no principal instrumental de registro dos dados, sendo algumas vezes compartilhado com aplicativos disponíveis em unidade móvel. O próprio material originado pelos alunos serviu como meio de validação. As interveniências de natureza humorísticas deflagradas no bojo das explicações de temática financeiras suscitam um grau de reforço de aprendizagem nada desprezível. Nos semestres entre 2016.1-2017.1, entre questões e provocações, 81.6%, conferem o reflexo do humor expresso no ato da explicação ao êxito de acerto.