PRÁTICAS PERCUSSIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JOVENS NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Resumo

O objetivo desse pôster é relatar, através de uma pesquisa participante com abordagem qualitativa, as experiências dos bolsistas que ministraram oficinas de percussão nas escolas integrais José Valdo Ramos e Fernandes Távora. Tais vivências passam pela receptividade dos estudantes e dos funcionários, os instrumentos musicais disponíveis, o espaço e a organização da escola. Durante as oficinas foram trabalhados o foco, a atenção, a psicomotricidade, o respeito e o aprendizado coletivo dos estudantes. As vivências musicais anteriores dos alunos eram diversas: haviam aqueles, que já tocavam em grupos (de capoeira, por exemplo), como também outros que jamais tiveram acesso aos instrumentos e nem sabiam sua denominação. Logo no início, alguns desafios surgiram: com o espaço que a escola oferece, é fácil que o som gerado atrapalhe outras aulas que acontecem simultaneamente. Os funcionários são muito amigáveis, compreensíveis e animados com as oficinas mas, a coordenação planeja apresentação musical em dias festivos tais que subverte e apressa a parte lenta necessária a uma iniciação musical. Foram identificados também obstáculos sociais como a inibição dos alunos de participar das atividades. Nesse contexto, foram realizadas atividades de jogos musicais, de percussão corporal e de ritmos com instrumentos percussivos heterogêneos (dentre eles zabumba, agogô, pandeiro, triângulo e caixa). Foi perceptível uma resistência inicial do conteúdo proposto por parte dos alunos. Contudo, no decorrer das atividades, os estudantes ficaram mais interessados, ocasionando um aumento na cooperação, manifestada pela colaboração na organização da sala para o início da aula e no envolvimento nas atividades propostas.