ATIVIDADE ANTIBIOFILME DO PEPTÍDEO K-AUREINA SOBRE ISOLADOS DE CANDIDA ALBICANS

Autores

  • Maria LaÍna Silva
  • Rafaela Mesquita Bastos Cavalcante
  • Raquel Oliveira dos Santos Fontenelle
  • Eduardo Maffud Cilli
  • Victor Alves Carneiro
  • Rossana de Aguiar Cordeiro

Resumo

A formação de biofilme por Candida albicans têm se tornado um grande problema para pacientes que fazem uso de dispositivos médicos implantáveis, tais como cateteres, stents, próteses, dentre outros. Essa forma de vida é suportada pela capacidade desse fungo de aderir a substratos bióticos e abióticos, conferindo resistência aos fatores imunológicos e as terapias antifúngicas, necessitando de altas concentrações para a total erradicação. No entanto, os antifúngicos disponíveis atualmente possuem limitada ação antibiofilme, o que demonstra a urgência no desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas. Nessa perspectiva, os Peptídeos Antimicrobianos (PAMs) surgem demonstrando vasta ação antifúngica através de diferentes mecanismos de ação, como é o caso da K-aureina, análogo da aureina. Dessa forma, o objetivo do atual trabalho foi demonstrar a ação antibiofilme do PAM K-au sobre biofilmes pré-formados de isolados clínicos de C. albicans. Para isso, os biofilmes foram formados por 24 horas a 37 °C em meio RPMI, seguido do contato com o PAM (62,5 µg/ml) e AmB (0,12 a 0,25 µg/ml) isoladamente por 3 horas. Decorrido o tempo, foi realizado a lavagem da placa, quantificação da biomassa e inoculação da suspenção do biofilme em meio ágar para a posterior contagem das Unidades Formadoras de Colónia (UFCs). Os resultados demonstraram que o PAM e AmB não interferiram de maneira significativa na biomassa do biofilme, no entanto foi possível verificar uma tendência na redução da viabilidade celular. Tal resultado é justificado devido a concentração relativamente baixa do PAM utilizada para a erradicação do biofilme, tendo em vista que são recomendadas concentrações quatro vezes maiores que a testada. Portanto, apesar de serem necessários novos ensaios para a avaliação da ação antibiofilme, os resultados atuais encorajam a continuidade da pesquisa visando o PAM K-au como alternativa no tratamento para infecções envolvendo C. albicans.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

LaÍna Silva, M., Mesquita Bastos Cavalcante, R., Oliveira dos Santos Fontenelle, R., Maffud Cilli, E., Alves Carneiro, V., & Cordeiro, R. de A. (2021). ATIVIDADE ANTIBIOFILME DO PEPTÍDEO K-AUREINA SOBRE ISOLADOS DE CANDIDA ALBICANS. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2001. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/75124

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação