CARTOGRAFIA DAS EXPERIÊNCIAS DE M(P)ATERNIDADE DE JOVENS ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL

Autores

  • Shirley Dias Goncalves
  • Tadeu Lucas de Lavor Filho
  • Antônio Marlon Coutinho Barros
  • Lara Thayse de Lima Gonçalves
  • Mayara Ruth Nishiyama Soares
  • Luciana Lobo Miranda

Resumo

Esta pesquisa tem como público-alvo estudantes que engravidaram durante o curso de ensino médio de uma escola pública estadual localizada em Fortaleza - Ceará. Analisa-se o seguinte questionamento: Como os jovens estudantes da rede pública de Fortaleza experienciam a maternidade e a paternidade durante a vida escolar? O objetivo é investigar como as experiências de m(p)aternidade de jovens estudantes, do Ensino Médio de uma escola pública de Fortaleza, repercutem na vida escolar deles, contribuindo no processo de subjetivação destes. Os princípios teórico-metodológicos são da pesquisa intervenção (PI) e da Critical Participatory Action Research (CPAR). Desenvolvemos uma pesquisa COM jovens estudantes bolsistas do PIBIC Ensino Médio, elaboramos e aplicamos um questionário online com a comunidade escolar sobre gravidez, m(p)aternidade na adolescência e obtivemos 599 respostas, sendo 84% de estudantes, 6% ex-alunes, 3% professores, 1% gestor, 4% pais/mães/responsáveis e 0,7% funcionários. Percebe-se que 66% dos respondentes conhece alguém que teve filho na adolescência e 98% apontou que a escola é um lugar para discutir gravidez, maternidade e paternidade na adolescência. Essa pesquisa também faz um debate da relação de gênero, maternidade e paternidade, tendo em vista que 72% dos respondentes percebem que há diferenças no tratamento, pela comunidade escolar, entre a jovem mãe e o jovem pai que engravidaram na adolescência. Enquanto a jovem mãe é julgada e difamada como “mulher fácil” por ter engravidado, o jovem pai é elogiado por sua virilidade. Em relação à probabilidade maior de abandonar os estudos para cuidar do filho(a), 86% concordam que a jovem mãe têm maior probabilidade enquanto 45% concordam que o jovem pai tem maior probabilidade de evasão escolar. Pode-se considerar que a maternidade e a paternidade na adolescência contribuem para evasão escolar, porém não da mesma forma para indivíduos do gênero masculino e feminino.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Dias Goncalves, S., Lucas de Lavor Filho, T., Marlon Coutinho Barros, A., Thayse de Lima Gonçalves, L., Ruth Nishiyama Soares, M., & Lobo Miranda, L. (2021). CARTOGRAFIA DAS EXPERIÊNCIAS DE M(P)ATERNIDADE DE JOVENS ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2046. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/75169

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação