ESPAÇO DE FALA E CIDADANIA: PESQUISA-INTERVENÇÃO COM SECUNDARISTAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA

Resumen

Este trabalho faz parte da pesquisa de mestrado “Espaço de fala, cidadania e subjetivação: construindo uma PI com secundaristas de uma escola pública” e busca analisar o processo de Pesquisa-Intervenção(PI) com jovens secundaristas acerca da cidadania no espaço escolar. Este estudo foi desenvolvido em 2019 e 2020, numa escola pública estadual de ensino médio da cidade de Fortaleza/CE. Compreendendo a cidadania enquanto fenômeno resultado do processo histórico, com sentido variando em determinado tempo e espaço, utilizamos Pinsky e Pinsky (2018) para problematizar a noção forjada atualmente. Orientados pela política do “pesquisarCOM” (MORAES,2010), alinhado a concepção teórico-metodológica da PI, operamos na micropolítica do cotidiano, atuando no plano dos acontecimentos, em uma pesquisa coletiva, buscando analisadores para problematizar eventos tidos como naturais, assumindo um caráter de intervenção política e social (AGUIAR; ROCHA, 2007) e fortalecendo o espaço de fala (RIBEIRO, 2020) dos estudantes. Em campo atuamos na realização do curso de formação de jovens pesquisadores com 36 alunos do 2° ano do ensino médio dessa escola, o que desencadeou na seleção de duas bolsistas PIBIC-EM para refinar o tema cidadania emergido no curso. Com base na literatura disponível e produção discursiva dos jovens, as bolsistas analisaram o processo que outrora fizeram parte. Os dados construídos durante atividades desse curso de extensão foram transcritos e analisados em conjunto com as secundaristas, mapeando elementos discursivos relacionados ao tema, sendo divididos em seis categorias. Devido às interrupções das atividades presenciais por causa da pandemia da COVID 19, as atividades passaram a ser realizadas remotamente. Ao final foi possível discutir questões a respeito da escola como local de construção cidadã, destacando benefícios na ampliação de espaços de fala heterogêneos e na potencialidade da construção coletiva. Agradecemos à CAPES, Funcap e ao CNPq pelo financiamento