“ESTOU ENTRE... TRANSITANDO. É DE DANÇA QUE FALAMOS OU AINDA É DE DANÇA QUE QUEREMOS FALAR?” – REFLEXÕES SOBRE DESENQUADRAMENTOS, CRUZOS E FORMAS PENDULARES DE PENSAR HISTORIOGRAFIA DA DANÇA

Autores

  • Conceicao de Maria Macau Mendes
  • Leandro Santos Bulhoes de Jesus

Resumo

Neste artigo, vou ao encontro de nove artistas que se autodeclaram negros, e atuam em estados da região nordeste, movida pela concepção de Aparição de Lhola Amira, ou ainda de termos como CyberOgan e EbóArte , a fim de compreender se são anunciadas, formas de localizar práticas criativas, concepções estéticas, vivências desde afroreferências. A metodologia que aqui se aplica é atravessada por influências feministas negras, oralituras e autoetnografias e os estudos da ancestralidade. Tais epistemologias, são caras contribuições a esta caminhada investigativa, pois de maneira geral, têm contribuído de forma significante ao entendimento sobre de que maneira os grupos, lidos como subalternizados, têm produzido conhecimento, modos de enfrentamento e resistência à estrutura colonial. Os parâmetros de validação desta epistemologia trazem consigo estratégias tais como: reconhecer a experiência como critério de sentido; o diálogo como validador de conhecimento; o cuidado enquanto ética; estratégias significantes para o encadear deste pesquisa. Entrei em contato com cinquenta e cinco criadores e criadoras, das quais recebi, vinte e seis respostas entre áudios transcritos e respostas escritas, das quais escolhi nove artistas seguindo os procedimentos metodológicos. Ofereço alguns relatos coletados, a fim de desenhar algumas reflexões, para talvez imaginarmos de que lugar em dança ou em arte estamos tateando. Vale ressaltar que de forma alguma aqui se precipita a intenção de uniformizar um território seja ele geográfico, no caso a região Nordeste; ou sensível e epistêmico, ao que tange às afroreferências. Não é de interesse criar formatações, e sim sinalizar algumas práticas que se deslocam dos enquadramentos e regimes estéticos coloniais – reconhecidos como linguagens clássicas.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Macau Mendes, C. de M., & Santos Bulhoes de Jesus, L. (2021). “ESTOU ENTRE. TRANSITANDO. É DE DANÇA QUE FALAMOS OU AINDA É DE DANÇA QUE QUEREMOS FALAR?” – REFLEXÕES SOBRE DESENQUADRAMENTOS, CRUZOS E FORMAS PENDULARES DE PENSAR HISTORIOGRAFIA DA DANÇA. Encontros Universitários Da UFC, 6(3), 2126. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/75249

Edição

Seção

XIV Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação