UMA ANÁLISE SOBRE A MENSURAÇÃO DA DIMENSÃO SUBJETIVA DA POBREZA

Resumen

Buscou-se analisar a dimensão subjetiva da pobreza, entendendo esta, como fenômeno complexo, multicausal. A medida da pobreza envolve disputas políticas de narrativas acerca do que se considera pessoas pobres ou não pobres. Essa régua é fomentada, pois as políticas estatais de assistência social, utilizam como condição para o amparo a focalização nos mais pobres, e não, um processo de acesso a direitos básico a todos. Realizou-se revisão sistemática, no Periódico Capes e no Portal da Biblioteca Regional em Saúde (BVS). O recorte temporal foi de dez anos, delimitando para textos de artigos revisados por pares no período de 2011 a 2021. Utilizou-se os seguintes descritores, em língua inglesa: “subjective poverty” AND “measurement”, e em língua portuguesa: “pobreza subjetiva” AND “mensuração”, “dimensão subjetiva” AND “pobreza”, e, “pobreza” AND “subjetiva”. Inicialmente foram recuperados 185 artigos a partir dos descritores em inglês e 87 a partir dos descritores em português, totalizando 262 artigos. Como critério de inclusão apontamos: contribuições analíticas empíricas acerca da pobreza subjetiva como elemento central e primário da discussão do estudo. Como critérios de exclusão apontamos as seguintes questões, a saber: apenas citado “pobreza subjetiva” sem presença de análise mais aprofundadas; estudos sem instrumentos que visem a mensuração da medida de pobreza subjetiva e seus correlatos. Seguiram-se 32 trabalhos para leitura completa do conteúdo. A partir desta análise cabe apontar que a dimensão subjetiva da pobreza pode ser analisada de duas principais formas: pela autopercepção sobre o contexto vivido, e/ou pelas implicações psicossociais de viver em pobreza. Desta forma, a dimensão subjetiva da pobreza aponta que, no plano de fundo das falas dos sujeitos, existem atravessamentos sociais e fatores concretos que interferem na constituição do psiquismo dos sujeitos. Tem financiamento com bolsa de doutorado da CAPES.