ENTRE MEMÓRIAS E HISTÓRIAS: O POÇO DA DRAGA É UM MAR DE ENCONTROS

Resumo

O presente trabalho “Entre memórias e histórias, o poço da draga é um mar de encontros”, parte das propostas e ações realizadas pelo projeto de extensão Fotobiografias: Uma fortaleza que se encontra em acervos fotográficos pessoais vinculado ao grupo de estudo e pesquisa Rastros Urbanos. A partir do trabalho voltado aos sujeitos e seus acervos fotográficos pessoais, percebe-se que o Fotobiografias traduziu as experiências não apenas do Poço da Draga, mas da cidade de Fortaleza, possibilitando uma nova ótica sobre o lugar, suas condições, resistências e vivências. Observar um lugar e compreender as relações dos moradores com esse espaço é mergulhar num mar de possibilidades, onde as histórias são construídas na constante mudança da vida: o passado é memória e o futuro é sobrevivência. A partir de tais considerações, tomamos como referências os autores Chalhoub (2011); Silva e Braga (2019); Gagnebin (2006). Com isso, objetivamos entender, na medida em que incorporamos o lugar de historiadores, quais as conexões do local a partir dos rastros construídos por essas pessoas. Desse modo, o lugar em questão carrega consigo várias manifestações que atraem nossa atenção e são importantes para montar as múltiplas perspectivas para além de uma história no singular. Buscamos compreender como as memórias individuais dos moradores vão compondo os aspectos da memória coletiva do Poço. Assim, as visitas guiadas, o contato tanto com os moradores quanto com o material acadêmico produzido nesse espaço nos permitiu perceber na prática como todos esses elementos são fundamentais para compor a memória de um lugar e como as análises partindo dos sujeitos e suas experiências vividas e narradas tanto a partir da oralidade como por meio dos objetos, das fotografias, são essenciais para a história na medida em que, como dito anteriormente, é possível estabelecer relações plurais e abarcar narrativas que a história oficial, sozinha, não consegue alcançar.