"O CORPO QUE SENTE": DISCUTINDO RACISMO NO ENSINO MÉDIO.

Autores

  • Fernanda Naiara da Frota Lobato
  • José Valterdinan Mesquita Xavier
  • Ana Maria Gonçalves de Sousa
  • Paulo Victor da Silva
  • Vilyvia Carla Marques dos Santos
  • Danyelle Nilin Goncalves

Resumo

De acordo com o Censo de 2010, o Brasil é o segundo país do mundo com maior população negra, o grupo de pretos e pardos constitui a maioria da população brasileira; apesar disso, se autodeclarar preto ou pardo ainda perpassa questões que envolvem o preconceito e a discriminação raciais. Com o intuito de discutir o tema racismo em sala de aula, motivados pelo incômodo de presenciar situações de preconceito racial no ambiente escolar, o PIBID de Sociologia realizou uma atividade com alunos de 1º e 3º anos do ensino médio de uma escola da rede pública estadual de Fortaleza. A atividade intitulada de “O corpo que sente”, objetivou questionar as experiências sociais dos alunos, discutir os preconceitos étnicos na vida social, e compreender como vive o negro no Brasil na atualidade, ou seja, a sua realidade social, cultural e econômica, e o que ainda precisa ser avançado no Brasil, para uma igualdade étnica. Para isso, a metodologia utilizada teve como proposta o uso do corpo como sendo aquele em que se inscrevem as experiências cotidianas; os alunos se organizavam, em fila, todos lado a lado, até que uma pergunta fosse feita e, ao invés de responder com um “sim” ou um “não” verbal, um passo para frente indicava o “sim”, e, permanecer no local inicial indicava o “não”. As perguntas utilizadas remetiam a vivências cotidianas, práticas do dia a dia, sendo a última delas: “Você já sofreu racismo?”. Durante a dinâmica cada aluno tinha contato com uma parte de um fio de elástico, mantendo, assim, uma teia entre todos os alunos, dessa forma, o elástico representava a sociedade. Em sequência, cartazes com notícias, fotos, charges e informações foram espalhados pela sala para ensejar o debate sobre o tema que estava sendo trabalhado. Portanto, o alunado pôde avaliar suas experiências cotidianas por meio da reflexão sobre o preconceito e a discriminação que permanecem tão presentes em suas vidas. É, assim, de caráter urgente a ampliação dos debates sobre racismo na escola.

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Publicado

2017-11-08

Como Citar

Lobato, F. N. da F., Mesquita Xavier, J. V., Gonçalves de Sousa, A. M., Victor da Silva, P., Marques dos Santos, V. C., & Goncalves, D. N. (2017). "O CORPO QUE SENTE": DISCUTINDO RACISMO NO ENSINO MÉDIO. Encontros Universitários Da UFC, 2(1), 5672. Recuperado de https://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/30696

Edição

Seção

XI Encontro de Práticas Docentes / V Seminário Institucional de Iniciação à Docência