EMBARCAÇÕES, APARELHOS E MÉTODOS DE PESCA UTILIZADOS NAS PESCARIAS DE LAGOSTA NO ESTADO DO CEARÁ

Autores

  • Sonia Maria Martins de Castro e Silva Pesquisadora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
  • Carlos Artur Sobreira Rocha Bolsista-Pesquisador do CNPQ do Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v32i1-2.31325

Palavras-chave:

frota lagosteira, aparelhos e métodos de pesca, Estado do Ceará

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise sobre as embarcações que desembarcaram lagostas no Estado do Ceará, no período de 1991 a 1995, e os aparelhos/métodos de pesca utilizados. Os dados mostram que a frota lagosteira cearense é composta por cerca de 2.000 embarcações, desde pequenos botes a remo a lanchas com casco de ferro. As embarcações artesanais (movidas a remo e a vela) representam 49,1% dessa frota, enquanto que as motorizadas representam 50,9% das quais apenas 2,7% têm casco de ferro. A maioria da embarcações (84,5%) mede até 12 m de comprimento total e se concentra nos municípios de Aracati, Beberibe, Trairi, Acaraú, destacando-se o município de Icapuí com 20% das embarcações lagosteiras do Estado. São empregados quatro diferentes aparelhos/métodos de pesca: pesca com rede-de-espera de fundo (caçoeira), pesca com covo, pesca com cangalha e pesca de mergulho com auxílio de compressor. A caçoeira é o aparelho de pesca mais utilizado. Em geral, observa-se uma maior quantidade de embarcações capturando lagostas nos três primeiros meses da temporada de pesca, embora algumas pesquem durante todo o ano. Quando as produções diminuem nas zonas próximas aos portos-bases, as embarcações lagosteiras migram para o litoral de outros municípios ou Estados. No período estudado, observou-se um considerável aumento nas migrações interestaduais.

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Publicado

2018-03-05

Edição

Seção

Artigos originais