A SUTIL DIAGNOSE MORFOLÓGICA ENTRE AS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS Stegastes fuscus E S. variabilis (ACTINOPETRYGII: POMACENTRIDAE)

Autores

  • Maria Elisabeth de Araújo Professor Adjunto do Departamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Coordenadora do Grupo de Ictiologia Marinha Tropical (IMAT).
  • Andréa Carla Guimarães de Paiva Estudante de pós-graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco
  • Fabiana Bicudo César Estudante de pós-graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco
  • João C.C. da Silva Estudante de pós-graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v36i1-2.6489

Palavras-chave:

Stegastes, diagnose, polimorfismo, Brasil

Resumo

Analisando a dificuldade de identificação das espécies do gênero Stegastes, foram examinados 34 exemplares de S. fuscus e 28 de S. variabilis coletados nos recifes de Tamandaré (PE) e realizado um estudo bibliográfico comparativo para as espécies de Stegastes que ocorrem no Brasil, visando determinar os caracteres diagnósticos. Em chaves de identificação, os principais caracteres de diagnose para esse gênero são coloração, número de séries de escamas dispostas na face e número de escamas principais no opérculo. A utilização de cores constitui um problema, pois os indivíduos tombados em coleções ictiológicas são conservados em formol e perdem completamente o seu padrão de colorido. Além disto, as espécies de Stegastes apresentam modificação ontogenética na coloração, tendo os jovens um colorido mais contrastante e específico, porém uniforme e em tons marrons na maioria dos adultos, podendo ocasionar algumas confusões de

identificação mesmo nos exemplares vivos. Semelhantes também são os formatos e as proporções do corpo de muitas dessas espécies, sendo discutível o uso de caracteres morfométricos para determinar espécies. Os caracteres merísticos ainda são os mais consistentes, mas apresentem inúmeras sobreposições nos intervalos das contagens. Os resultados deste estudo demonstram dificuldades encontradas nas chaves de identificação desse gênero e apontam para uma necessidade urgente de uma revisão taxonômica das espécies já catalogadas, antes que novas espécies sejam descritas. É sugerido também o uso da sistemática bioquímica para determinar a existência ou não de fluxo gênico entre as espécies simpátricas, incluindo a possibilidade de existirem híbridos.

Downloads

Publicado

2017-03-10

Edição

Seção

Artigos originais