OS DESAFIOS DA INCLUSÃO ESCOLAR DE ESTUDANTES AUTISTAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/eemd.v44i88.82894

Palavras-chave:

autismo, inclusão escolar, metodologias ativas, ensino fundamental

Resumo

Este estudo parte da compreensão de que as adaptações das metodologias de ensino utilizadas com estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista podem contribuir, de forma significativa, para o processo de aprendizagem e inclusão escolar desses alunos. O objetivo deste trabalho é discutir o processo de inclusão escolar de estudantes autistas do Ensino Fundamental de uma escola particular do interior do Ceará. Para este estudo, baseamo-nos nos trabalhos desenvolvidos por Sassaki (1998), Redmerski (2018), Rocha e Lemos (2014), Costa et al. (2019), Oliveira et al. (2020), Camargo e Camargo (2020), além de documentos oficiais, como a Declaração de Salamanca, a CID-10 e a CID-11. Neste artigo, apresentamos os resultados da primeira etapa de uma pesquisa-ação que estamos realizando com essa escola. Para esta etapa, utilizamos o método qualitativo exploratório com uso de entrevistas semiestruturadas com uma equipe de seis docentes, uma coordenadora pedagógica e uma gestora escolar. Os resultados demonstraram que a escola não passou por nenhum tipo de formação ou treinamento no que se refere à inclusão de alunos autistas e que, atualmente, ela apresenta sete estudantes com essa deficiência, sendo que dois deles não possuem laudo. Embora seja desafiador, o processo inclusivo dos alunos autistas tem sido realizado com acolhimento e intuição da equipe pedagógica.

Biografia do Autor

Monyque Mary Bezerra de Holanda, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos, bacharela em Humanidades, discente da Licenciatura em Sociologia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Bolsista do Programa de Residência Pedagógica da CAPES: subprojeto Sociologia. Membra do grupo de pesquisa em Preconceito, Polidez e Impolidez Linguística (GEPPIL), certificado pelo CNPQ.

Geórgia Maria Feitosa e Paiva, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)

Docente adjunto do Instituto de Linguagens e Literaturas da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Coordenadora do grupo de pesquisa em Preconceito, Polidez e Impolidez Linguística (GEPPIL), certificado pelo CNPQ.

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Publicado

2022-11-30