FORMAÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS:

PERCEPÇÕES DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/eemd.v46i92.93116

Palavras-chave:

Cuidados paliativos; aprendizagem; educação continuada; Terapia Ocupacional.

Resumo

O estudo teve como objetivo analisar a percepção dos terapeutas ocupacionais no processo formativo em cuidados paliativos, que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves. Metodologia: pesquisa empírica, qualitativa, exploratória, com enfoque descritivo, aplicando questionário a terapeutas ocupacionais de hospitais universitários públicos federais. Para os dados qualitativos, usou-se análise de conteúdo, com técnica categorial. Resultados: Foram selecionados 10 terapeutas ocupacionais atuantes em cuidados paliativos de hospitais federais brasileiros. Os participantes afirmaram que os conhecimentos adquiridos na graduação foram insuficientes para atuação profissional e a busca por aprimorar os conhecimentos surgiram por demandas do próprio serviço. No entanto, os obstáculos vivenciados decorreram do desconhecimento do tema, por problemas financeiros ou pela gestão deficiente. Para superar as barreiras do processo formativo dos profissionais, as participantes sugeriram a ampliação da divulgação, sensibilização dos gestores, reformulação curricular, elaboração de políticas públicas e estímulo à educação permanente. Conclusão: A qualificação contínua é essencial para preparar adequadamente os profissionais de saúde nesse contexto desafiador.

Biografia do Autor

Rosiléia Teixeira de Oliveira Dierckx, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Lilian Dias Bernardo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ

Terapeuta Ocupacional (UFMG). Doutora em Saúde Coletiva (UERJ). Mestre em Saúde Pública (UFMG).  Docente do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Membro da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Gerontecnologia.

Milton Carlos Mariotti, Universidade Federal do Paraná - UFPR

“In Memorian” Terapeuta Ocupacional (PUC Campinas). Docente e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPR) na linha de pesquisa Cognição, aprendizagem e desenvolvimento humano. Doutor em Ciências da Saúde (UFPR). Mestre em Educação (UFPR). Professor do Departamento de Terapia Ocupacional do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Publicado

2024-05-15