EXPERIMENTANDO DISPOSITIVOS DIDÁTICOS ENTRE ARTE E IDENTIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA

Resumo

O presente trabalho é um relato de experiência da autora com dispositivos disparadores de debate de gênero através da arte, enquanto professora de turma de 9º ano na Escola Municipal Professor Martinz de Aguiar, através do programa Residência Pedagógica, em formato remoto. Com a escolha da temática GÊNERO para as aulas, assumi o desafio de pensar didaticamente abordagens de intersecção entre arte e identidade, que despertassem o interesse da turma. É um tema complexo que deve ser trabalhado com cuidado. Inicialmente, utilizando a linguagem Performance e seu caráter questionador, foram apresentadas obras que dialogam com as questões de gênero. A turma foi recebida com uma performance executada por mim e demais colegas de Residência: na ação todes pintavam as unhas, e depois a turma foi indagada sobre o que essa imagem produziu de sentido. Outros recursos também foram utilizados, como a construção de um Programa Perfomativo por cada estudante, estimulando a aplicação dos conceitos vistos em aula. E ainda um exercício de escrita fluida, utilizando palavras como: homofobia, machismo e outros, para que todos discorressem livremente sobre elas. Por fim, foi proposta a atividade de criação de Fanzines a partir da pergunta: "Como é ser (gênero da/do estudante) na minha comunidade?" lidando com a materialidade do formato. A avaliação desse percurso consiste na observação do debate construído ao longo de todas as aulas e maior compreensão da temática observada na turma, que demonstrou em termos gerais a capacidade de compartilhamento das questões envolvendo direitos e afetividades de cada um/uma.