AUTOCONCEITOS DE LEITURA ERIGIDOS A PARTIR DE NARRATIVAS DE VIDA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES
Resumo
A pesquisa teve como objetivo analisar autoconceitos de leitura erigidos a partir de narrativas de vida de professores alfabetizadores. Para isso, mobilizamos três concepções de leitura: 1 - redutoras, que desconsideram a compreensão e/ou a confrontação de ideias e de discursos como atividades intrínsecas ao ato de ler; 2 - experiência de vida, que, a partir de uma postura introspectiva, o sujeito, via leitura, consegue transformar-se; e 3 - prática social, que permite o entendimento da leitura como atividade que se realiza em esferas sociais específicas cujos aspectos constitutivos se imbricam na interação escrita. Metodologicamente, valemo-nos da perspectiva etnossociológica (BERTAUX, 2010), a qual entende que é necessário partir dos sujeitos a fim de que interpretem os fenômenos sociais em que se inserem. Com isso, são as narrativas de vida os materiais pelos quais os sujeitos narram suas experiências com um dado objeto e refletem acerca dele. À luz disso, coletamos oito narrativas de vida orais, gravadas por meio de aplicativos de gravação de voz, sob a perspectiva clínica de coleta, tal como refletida por Maia-Vasconcelos (2005), que entende a necessidade de o pesquisador inclinar-se ante o sujeito, a fim de lhe dar voz e permitir que reflita sobre o que diz. Para análise, que se valeu também da perspectiva clínica, foram construídas três principais categoriais para cada objetivo específico: narrativas que constroem concepções redutoras de leitura, narrativas que constroem a leitura como experiência de vida e narrativas que constroem a leitura como prática social. A análise permite a interpretação de que as experiências narradas influenciam na práxis pedagógica dos sujeitos, que se utilizam de diferentes concepções de leitura para alfabetizar os estudantes por que são responsáveis. Assim, os autoconceitos construídos pelas narrativas se circunscrevem às três abordagens de leitura estipuladas como categorias de análise.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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