ECOFEMINISMO: UMA ABORDAGEM ANTIDIALÉTICA DA RELAÇÃO ENTRE SOCIEDADE E NATUREZA
Resumo
Esta pesquisa é desenvolvida a partir do pressuposto de que pensamentos cristalizados são os fundamentos que controlam a dinâmica do mundo social, sendo as formas do agir as suas manifestações matérias. Nesse sentido essa investigação tem como objetivo principal revelar que o ecofeminismo é uma dessas cristalizações dominadoras. O ecofeminismo é uma corrente de pensamento que se instalou no ecologismo contemporâneo se apresentando como a única alternativa ecológica de superação da crise sócio-ambiental. Dizendo ter como ponto de partida uma teoria social baseada no marxismo tradicional nega e rejeita explicitamente as determinações biológicas e naturais da relação entre homem e natureza. Entretanto, na verdade sua subversão é alicerçada num subjetivismo radical que desconsidera os limites biológicos da humanidade, pois assevera que a lógica da relação entre homem e natureza é muito mais um constructo social do que uma determinação natural. Nessa perspectiva, a natureza humana, a natureza dos seres, a natureza do meio ambiente, a natureza social etc., são concebidas como subjugadas a uma pretensa subjetividade isolada, isto é, a uma vontade a-histórica e antinatural. Por essa razão, sua importância para o debate ecológico é negativa, pois, esse ‘ismo’ tem contribuído para desviar a sociedade do debate ecológico, uma vez que reduz essa questão primordial a querela sobre o sexismo estandartizado pelo partidarismo. Referenciando-se no método do marxismo obtém-se como resultado nesta pesquisa que devido a esse elitismo político o ecofeminismo é uma abordagem antidialética sobre a relação entre homem e natureza, sendo, portanto mais uma dentre tantas formas de pensamento que tem contribuído para a alienação social e a efetiva destruição das bases materiais necessárias para promover a emancipação humana.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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