EDUCAÇÃO E SUBJETIVIDADE EM THEODOR ADORNO

Autores

  • Emanuelle Beserra de Oliveira
  • Hildemar Luiz Rech

Resumo

Com o advento da ciência e avanço tecnológico a humanidade acredita ter atingido a autonomia necessária para conduzir de maneira livre suas escolhas. No entanto, o que se percebe é uma sociedade cada vez mais submissa aos moldes que lhe são impostos. Desde a metade do séc. XX até os dias atuais a preocupação acerca do papel educacional se intensificou, isto porque o mundo sofreu significativas mudanças e passou a colocar lado a lado os modelos retrógrados de ensinar as novas tecnologias que se apresentam. O avanço tecnológico por sua vez condiciona o homem a uma nova forma de dominação, o da racionalidade técnica. Neste contexto nasce o homem semi formado, dotado de uma educação incompleta, ausente de reflexões críticas e ativa, com base nesse pressuposto nos perguntamos qual o espaço para a subjetividade? A partir da perspectiva de Theodor Adorno pretende-se lançar um olhar para o impacto causado pela Indústria cultural que promove a danificação desses conceitos. A indústria cultural impede a capacidade humana de agir com autonomia. Vulgarizou a arte e atingiu os indivíduos diminuindo sua capacidade de autorreflexão. Em Adorno percebemos que as formas de resistência a essa reificação do sujeito e a um processo educacional que está reproduzindo sujeitos domesticados devem ser buscados na arte, ou mais claramente em uma arte autêntica que condiciona o indivíduo para a reflexão e crítica. Uma arte capaz de romper com o nós nivelador e abrir o caminho para uma não-identidade.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação