FORMAÇÃO HUMANA, TRABALHO E EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DE CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES
Resumo
No texto em tela discutiremos a formação humana, esta entendida em um processo amplo de tornar-se humano, no qual a existência da formação de valores que afirmam ou negam a ordem social estabelecida. Nosso ponto de partida é o trabalho enquanto categoria ontológica, fundante do ser social como nos lembra Lukács, (2008). Tendo o trabalho como a protoforma do agir humano e de sua constante complexificação, compreendemos com Lukács (2008) que, nesse processo, foram necessários outros complexos, como a educação, que surgiu como um instrumento de transmissão dos conhecimentos produzidos pela coletividade, com a perspectiva de tornar cada nova pessoa partícipe de seu gênero. No entanto, na atualidade, encontramos a educação subsumida aos ditames do capital em crise, que busca se reproduzir submetendo a sua lógica todas as necessidades humanas. Nesse sentido, elencamos como objetivo geral analisar o papel da educação em meio à crise estrutural do capital, e como específicos investigar a contribuição da educação para o desenvolvimento da consciência revolucionária e diferenciar a educação com viés de dominação da educação emancipadora. Com vistas a alcançar nossos objetivos, tomamos como perspectiva o materialismo histórico-dialético por meio de uma pesquisa de caráter teórico-bibliográfico. Os resultados iniciais apontam a educação como um complexo contraditório que de um lado configura-se como instrumento de dominação, transmitindo os (des)valores da sociabilidade capitalista, e do outro corrobora com a possibilidade do desenvolvimento de uma consciência socialista que aponta para a superação do capital. No limiar de nossa exposição, percebemos a importância da educação enquanto complexo social com potencial de contribuição à compreensão e transformação da realidade.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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