ENSINO À BEIRA LEITO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA: UMA REVISÃO NARRATIVA
Resumo
O ensino da medicina à beira leito tem perdido algum espaço nas escolas médicas, à medida que se propaga a ideia de que existe maior benefício no uso de artifícios tecnológicos para tal. Nos Estados Unidos da América essa abordagem didática passou de uma incidência de 75% em 1960 para 16% em 1997 (LACOMBE, 1997). As consequências do ensino à beira do leito na formação dos estudantes são benéficas em diversos aspectos. Esta revisão traz a análise pessoal do autor na tentativa de responder a pergunta: como o ensino à beira leito molda o futuro médico? Para tanto, realiza-se análise de artigos das bases de dados eletrônicas Pubmed e Scielo, bem como de livros clássicos que compõem a base do conhecimento médico para graduandos. O conhecimento semiológico ganha notoriedade na sua aplicação prática, sendo portanto necessário o exercício continuado da anamnese e do exame físico para melhor aprendizado. Além disso, o ensino da semiologia à beira leito não resume-se somente ao estudo dos sinais e sintomas, pois também abrange o desenvolvimento da capacidade do aluno de assumir posicionamento ativo para uma boa relação médico - paciente. O modelo de ensino através de ambientes simulados com uso de alta tecnologia ajudam o aluno a apreender o conhecimento técnico-científico de maneira limitada, além de não substituir a oportunidade de desenvolver características fundamentais para o profissional dessa área de atuação, como respeito, integridade e compaixão (DISHI, 2006). Dessa forma, o ensino da semiologia à beira do leito do paciente apresenta importante papel na formação de médicos, à medida que contribui para o aprendizado não só da semiotécnica e da identificação das principais síndromes clínicas, mas também das habilidades humanas que ajudam a compreender o paciente de maneira holística.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Iniciação à Docência
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