A RESULTABILIDADE DO SISTEMA DE COTAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL BRASLEIRO
Resumo
O sistema educacional lida com alunos de capitais culturais diversos. Apesar deste cenário, insiste em basear seu modelo de educação em uma utopia isonômica, fundamentado no discurso da meritocracia, que defende total autonomia do sujeito frente ao seu aprendizado e não levando em consideração as conjunturas. Além disso, tem como objetivo investigar de maneira crítica a política de cotas no contexto brasileiro. Utilizamos como metodologia, uma revisão bibliográfica, buscando a partir das palavras-chaves: cotas sociais, cotas raciais e ação afirmativa nas plataformas Google Acadêmico e Scielo. No Brasil, o contraste de privilégios é muito bem desenhado se observarmos o abismo social, educacional e estrutural entre as escolas privadas e públicas, que são reflexos de um país onde a educação é considerada um gasto e não um investimento. Assim como, é notório que o processo de escravidão, mesmo com sua abolição, foi favorável para que os negros se mantivessem como os desfavorecidos, fomentando assim, a desigualdade no capital cultural. Sendo no ano de 2012 aprovada a lei n° 12.711, na qual reserva 50% das vagas em instituições federais de ensino superior para estudantes provenientes da rede pública e um número variável de vagas, conforme dados do IBGE, para quem se autodeclara pardo, negro ou indígena. Dado o exposto, as cotas surgem visando a democratização do ensino superior e implicando em uma representação sobre a maior parcela dos brasileiros, lidando com uma amenização das desigualdades presentes no ensino superior, mesmo de uma maneira paliativa. Concluindo, podemos perceber que mesmo com política afirmativas em prol de uma democratização e ampliação dos horizontes da educação, ainda há diversas lacunas para que isso ocorra realmente. Exemplo disto, é que não é proporcionado um verdadeiro apoio aos cotistas, Sawaia já compreendia a tênue linha entre a exclusão e a inclusão, e como a inclusão desses estudantes tem uma exclusão velada.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
Encontro de Experiências Estudantis – PRAE
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