MELHORIA HABITACIONAL: FERRAMENTA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA A DIMINUIÇÃO DO DÉFICIT HABITACIONAL.

Resumo

No Brasil, segundo relatório feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias em 2019, o déficit habitacional é estimado em 7,97 milhões de moradias. Essa estatística se soma às mais de 15 milhões de casas que precisam de melhorias para serem melhor habitáveis. Além disso, estima-se, também, que 85% das moradias são construídas e reformadas por autoconstrução e autogestão, ou seja, sem o auxílio de profissionais das áreas de Arquitetura e Engenharia Civil, como consta na pesquisa de 2015 feita pelo CAU/BR e pelo Instituto Data Folha. Diante desse contexto, é evidente que as políticas públicas no setor habitacional são insuficientes para a demanda da população em situação de vulnerabilidade social, e ainda são voltadas para a construção de novas casas e para o reassentamento de famílias por questões complexas no âmbito dos setores imobiliário, urbano e político. Soma-se a isso o baixo conhecimento por parte da comunidade acerca dos seus direitos em Assistência Técnica e do potencial que um bom projeto de arquitetura tem, em se tratando de produção de moradia digna e confortável. Em vista disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto do Escritório de Tecnologia Social (ETECS), que tem como objetivo diminuir a desigualdade social e democratizar os serviços de engenharia civil e arquitetura, além de transmitir conhecimento para a população de baixa renda, na produção de melhoria habitacional. O estudo se deu por meio da pesquisa de projetos e soluções construtivas voltadas para melhorar ventilação, acessibilidade, conforto e infraestrutura das moradias. Assim, foi possível compreender como os conhecimentos técnicos desses profissionais podem melhorar a qualidade das casas, sendo importante para a produção de moradia digna, contribuindo para a diminuição da desigualdade social e do déficit habitacional.