A RELAÇÃO ENTRE SENTIDO DE COMUNIDADE, POBREZA MULTIDIMENSIONAL E GÊNERO A PARTIR DA VIVÊNCIA DE MULHERES NO PARQUE DA LIBERDADE
Resumo
Os aspectos subjetivos das pobrezas têm implicações psicológicas a vida das pessoas. Neste contexto, as mulheres, especialmente as pobres, têm sofrido mais vulnerabilidades e negação da sua condição humana. Contudo, o fortalecimento do Sentido de Comunidade tem se mostrado como possibilidade de afrontamento das condições de opressão. Entendemos também, que o gênero enquanto categoria de análise pode oferecer uma possibilidade de resistência aos efeitos perversos na vida das mulheres ocasionado pelas pobrezas, especialmente em contextos comunitários. Desta forma, este trabalho objetiva analisar os impactos da pobreza no sentido de comunidade de moradores/as da comunidade do Parque da Liberdade em Redenção/CE a partir de uma perspectiva de gênero. O delineamento de pesquisa escolhido é misto, tendo etapas quantitativa, com um delineamento do tipo levantamento e qualitativa numa perspectiva de pesquisa-participante. Contamos com a participação de 128 participantes entre homens e mulheres no estudo quantitativo e oito mulheres no estudo qualitativo, moradores (as) do bairro Parque da Liberdade, em Redenção-CE. A análise que nos propomos teve um viés interseccional em ambas as etapas. Os dados quantitativos foram analisados com o auxílio do SPSS, e as análises realizadas foram as de estatísticas descritivas, testes de comparação de médias, teste-t, ANOVA e a correlação r de Pearson. Os instrumentos utilizados foram o Instrumento de Mensuração da Pobreza Multidimensional e O IASC Índice Abreviado de Sentido de Comunidade. Na fase qualitativa as entrevistas foram gravadas e transcritas, para a partir daí realizarmos a análise de conteúdo categorial. As estratégias de resistências podem ser fortalecidas a partir de um sentido de comunidade conectado com as necessidades sociais. Que desvele, a partir do contexto vivido, possibilidades de afrontamentos interseccionais aos efeitos das pobrezas. Facilitando processos de protagonismos femininos interseccionais na comunidade.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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