MEDICINA E ESPIRITUALIDADE: PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE MEDICINA
Resumo
Nas sociedades ocidentais, a ciência e a religião possuem conflitos históricos que se desenvolveram, também, no campo da saúde. Atualmente, com a constatação da influência de fatores psicológicos na saúde a necessidade de uma atenção integral ao doente, incluindo a dimensão espiritual, foi afirmada. Nesse contexto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a destacar a espiritualidade na sua definição de saúde. Objetivos: Observar como alunos do 1° semestre do curso de medicina da Universidade Federal do Ceará- campus Fortaleza percebem a influência da religiosidade/espiritualidade na saúde. Metodologia: Foi aplicado um questionário para os 58 estudantes (29 mulheres/ 29 homens) presentes na sala, abordando as experiências previas dos alunos com religiosidade/espiritualidade e como eles relacionam essa dimensão com a saúde. Em um momento anterior, os alunos haviam assistido a aula “Religião e saúde” ministrada no módulo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional na formação do Médico. Resultados: Dos 58 alunos que responderam ao questionário, 68,96% afirmaram possuir alguma religião, 25,86% frequentam templos religiosos uma vez por semana, 62,06% compartilham a mesma religião que a família, 37,93% participam de eventos (retiros, cursos, seminários) que abordam os temas de espiritualidade, 84,48% dos estudantes acreditam que espiritualidade confere resistência a momentos difíceis, 79,31% percebem a espiritualidade como algo benéfico a saúde, entretanto, 32,75% acreditam que ela confere malefícios e 13,79% sentiam-se preparados para abordar aspectos religiosos/espirituais com os pacientes. Conclusão: A maioria dos estudantes tinham algum contato prévio com espiritualidade, em contrapartida, poucos sentiam-se preparados para tratar esses assuntos com os pacientes refletindo a necessidade do assunto ser mais abordado durante a graduação.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Iniciação à Docência
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