MONITORIA: A PRÁTICA DA “VER, OUVIR E ESCREVER” E A FORMAÇÃO DOCENTE
Resumo
O objetivo deste trabalho é refletir sobre a experiência de monitoria na disciplina Antropologia da Educação, ministrada pela professora Bernadete Beserra, no primeiro e segundo semestres de 2019. Os dados baseados nos quais estas reflexões se desenvolveram foram obtidos nas reuniões de que participei com a professora, a outra monitora e os estagiários em ensino superior; dos diários de campo escritos em todas as aulas e também das anotações a partir da leitura dos resumos dos alunos. A observação do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula tornou evidente a complexidade do ato de educar, razão da importância e necessidade de disciplinas como a antropologia à formação docente. A prática do “ver, ouvir e escrever” permitiu a consolidação do olhar antropológico e a compreensão do processo de aprendizagem de uma perspectiva privilegiada. A monitoria permitiu, portanto, uma visão mais clara de como o conhecimento é construído, ou seja, de como a cultura de cada aluno e também da professora, consolidada nas suas visões de mundo, funciona como um obstáculo ou um facilitador da aprendizagem. Uma vez que, como monitora, estive igualmente próxima da professora e dos alunos, inclusive tive acesso à produção escrita de ambos, a minha visão se ampliou e me enriqueci bastante com a experiência que tanto me desafiou emocional, como intelectualmente, alimentando ainda mais a minha reflexividade. Além disso, a releitura dos textos da disciplina; as discussões com novas turmas; a leitura dos resumos escritos por alunos, como eu; a possibilidade de observar o desempenho da professora em cada nova aula com cada nova turma, assim como os seus métodos avaliativos, toda essa vasta experiência permitiu que a experiência fosse muito rica e renovadora e contribuísse enormemente para a minha formação como professora.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Iniciação à Docência
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