AVALIAÇÃO DA COMPLEXIDADE DA FARMACOTERAPIA E DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AOS MEDICAMENTOS EM PACIENTES AMBULATORIAIS COM ARTRITE REUMATÓIDE
Resumo
Introdução: O tratamento da artrite reumatoide (AR) inclui o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, glicocorticóides e medicamentos modificadores do curso da doença. Com frequência, somam-se a esses os medicamentos prescritos devido às comorbidades prevalentes com o avanço da idade. Assim, a complexidade da farmacoterapia disponível requer a assistência contínua dos pacientes de modo a racionalizar o uso dos medicamentos e favorecer a adesão ao tratamento. Objetivos: Avaliar o Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) e os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) dos pacientes ambulatoriais com AR atendidos em Unidade de Cuidado Farmacêutico da Farmácia Ambulatorial/HUWC. Metodologia: Foram realizadas as seguintes etapas: 1. Delineamento do perfil dos pacientes (aspectos socioeconômicos, condições de saúde e farmacoterapêuticos); 2. Avaliação das prescrições e aplicação do ICFT; 3. Avaliação dos PRM quanto à sua complexidade. Resultados: Foram avaliadas as prescrições de 20 pacientes, cuja maioria eram mulheres (90%), com idade > 40 anos. Quanto ao perfil farmacoterapêutico, 90% eram polimedicados (uso ≥ 5 medicamentos) e as principais doenças associadas foram dislipidemia (55%) e hipertensão (45%). Dos medicamentos prescritos destacam-se metotrexato (80%), leflunomida (55%) e carbonato de cálcio/vitamina D (70%). O valor médio do ICFT foi 26,875 (mínimo 10/máximo 66), que se referiu ao uso de 3 - 15 medicamentos/paciente. A seção B, com informações sobre a frequência de doses e posologia prescrita, foi responsável pela maior complexidade da farmacoterapia (41,2%). O ICFT auxiliou na identificação de 111 PRM e no planejamento de 143 intervenções. Conclusão: A avaliação do ICFT auxiliou a realização das orientações farmacêuticas voltadas a minimizar as divergências entre a posologia prescrita e o modo de uso relatado pelos pacientes, contribuindo para a efetividade e segurança do tratamento. Agradecimento: PIBIC/CNPqPublicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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