AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE TROCAS DE CURATIVOS EM PACIENTES COM QUEIMADURAS DE SEGUNDO GRAU SUPERFICIAL EM USO DE PELE DE TILÁPIA (OREOCHROMIS NILOTICUS) LIOFILIZADA
Resumo
As queimaduras são lesões traumáticas dos tecidos orgânicos, podem ser causadas por: agentes térmicos, químicos, choques elétricos ou radioativos. Devido aos custos elevados dos curativos oclusivos sintéticos ou bio-sintéticos, tem-se buscado novos materiais biológicos, alternativas para o tratamento. Estudos pré-clínicos com a pele de tilápia, demonstram que a mesma possui características semelhantes a da pele humana, além da elevada resistência e a boa aderência ao leito da ferida. Devido resultados positivos do uso da pele de tilápia convencional comparando-a com sulfadiazina de prata e espuma de prata, surge a necessidade de avaliar sua forma liofilizada. Este estudo visa investigar se o uso da pele de tilápia liofilizada como curativo em adultos com queimaduras de segundo grau superficial, possui efeitos benéficos quanto a frequência de trocas de curativos, comparado à espuma de prata. Trata-se de um estudo clínico randomizado, controlado, prospectivo, aberto, monocêntrico, aleatorizado, realizado em um hospital referência em tratamento de queimaduras em Fortaleza-CE. Foram incluídos 20 pacientes ambulatoriais, com queimaduras de segundo grau superficial até 10% e por escaldadura. O grupo com Pele de Tilápia teve um melhor resultado comparado ao de Espuma de Prata, onde as medianas se apresentaram diferenciadas: Pele de Tilápia mediana (1) e Espuma de Prata mediana (2). Houve uma redução de 50% dos curativos realizados com Pele de Tilápia, onde apenas 20% (2) dos pacientes realizaram renovação de pele em áreas não aderidas, já no grupo Espuma de Prata 100% (10) dos pacientes, realizaram 2 curativos ao final do tratamento. Conclui-se que a utilização da pele da tilápia como tratamento de queimaduras de 2º grau superficial implica em menos curativos. Quando se diminui o número de trocas, também diminui os riscos de infecção, menor possibilidade de o paciente sentir dor, menos tempo de mão de obra da enfermagem ou equipe responsável e menos custos.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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