AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DA TECNICA DE REMOÇÃO SELETIVA EM CÁRIES MÉDIAS E PROGUNDAS.
Resumo
A remoção seletiva de tecido cariado (RSTC) é uma modalidade de manejo de lesões de cárie que atende aos princípios da odontologia minimamente invasiva, objetivando manter a saúde funcional do dente. No entanto, a adoção dos procedimentos de RSTC não parece ser uma escolha popular entre os dentistas devido à escassez de estudos clínicos sobre o tema. O objetivo desse estudo foi verificar através de imagens radiográficas, obtidas em um ensaio clínico randomizado, a porcentagem de substrato dentinário radiolúcido (cariado) preservado após a realização da técnica da RSTC. Foram avaliadas as radiografias iniciais antes do tratamento e finais imediatamente após o tratamento restaurador com RSTC de 26 dentes permanentes de 20 pacientes com lesões de cárie envolvendo os terços médios e profundos da dentina. Para a obtenção da porcentagem da estrutura dentária preservada, as análises e medidas foram realizadas com o auxílio do software Rhinoceros 6 Evaluation. Nas radiografias iniciais foram obtidas as distâncias entre a porção mais profunda da lesão e o teto da câmara pulpar e nas radiografias realizadas após o tratamento, foi aferida a área radiolúcida remanescente abaixo do soalho da restauração. Em todos os dentes tratados foram encontradas áreas radiolúcidas na dentina subjacente à restauração e estas variaram entre 13,57% e 68,00%, sendo obtida uma média de preservação de 27,10% e um desvio padrão de 8,32%. Diante disso, a RSTC demonstrou ser um método de abordagem conservador, diminuindo os riscos de exposição pulpar, uma vez que, todos os dentes apresentaram a preservação de alguma área radiolúcida abaixo da restauração após a realização do tratamento. Contudo, embora o operador fosse previamente calibrado, ainda foi observada uma grande variação na quantidade de substrato dentinário cariado preservado sob a restauração. Apoio financeiro pela concessão de bolsa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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