CONTRAÇÃO VOLUMÉTRICA E TENSÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE RESINAS BULK FILL:UM ESTUDO IN VITRO

Resumo

As resinas compostas têm sido o material restaurador mais utilizado em restaurações posteriores. No entanto, o desenho das cavidades pode possibilitar o aumento do estresse de polimerização, pois estes materiais sofrem contração durante a fotopolimerização. Para minimizar o estresse, a inserção incremental dos compósitos é praticada. Entretanto, existem falhas decorrentes desta técnica, como a obtenção de espaços vazios entre os incrementos e o maior tempo clínico necessário. Para minimizar tais inconvenientes, surgiram os compósitos do tipo bulk fill que, segundo os fabricantes, apresentam menor contração volumétrica e aumento da profundidade de polimerização. Portanto, o presente estudo objetivou avaliar in vitro o desempenho de resinas bulk fill com relação à Contração Volumétrica (CV) Tensão de Contração de Polimerização (TCP) quando comparadas a duas resinas (RC). Os grupos testados foram: 1) RC Z350 XT 2) Filtek BulkFill e 3) SonicFill. Para o teste TCP (n=5), os materiais foram fotopolimerizados pelo tempo indicado, alocados entre bastões de acrílico previamente preparados (d=1 mm) e presos a um aparato metálico que foi instalado em uma máquina de ensaio universal. Os compósitos foram monitorados por um extensômetro que forneceu uma resposta para a máquina de teste. O desenvolvimento da força foi monitorado durante 10 min e o estresse nominal calculado. Para a CV (n=6), cavidades medindo 4mm x 4mm foram confeccionadas em resina acrílica e preenchidas com o material resinoso. Os blocos então foram escaneados utilizando microtomografia computadorizada (microCT) antes e após a fotopolimerização. Os dados foram analisados em software específico que permitiu aferir a variação de volume. Os dados foram submetidos à ANOVA One-way seguidos de teste de Tukey como nível de significância de 5%. Nos testes de TCP e de CV, não houve diferenças estatísticas (p <0.05) entre as resinas compostas testadas.