DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E ANÁLISE DA REPRESENTATIVIDADE AMBIENTAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA NO CEARÁ.
Resumo
À medida que a espécie humana aumentou sua população, a biodiversidade global iniciou um processo de declínio, devido aos impactos antrópicos. Com a chegada europeia no Brasil, o impacto ambiental se tornou muito intensificado, gerando fragmentação, perda de habitats e degradação dos ecossistemas. A colonização do Nordeste foi marcada pela brusca alteração da forma de ocupação e gestão da terra, havendo uma quebra no modo de se fazer o uso do solo e na sustentabilidade dos processos ecológicos. Com o intuito de proteger os ecossistemas brasileiros, em julho de 2000 foi criado o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. O presente estudo pretende avaliar a representatividade ambiental das Unidades de Conservação (UCs) no território cearense. Para isso analisamos a distribuição das UCs sobre o mapa de unidades fitoecológicas do Ceará usando softwares de geoprocessamento. Nosso estudo revelou que apenas 7,23% do território continental e 2,49% do território marinho do estado está sobre proteção do SNUC. As metas de Aichi, por exemplo, colocam como objetivo 17% do continental 10% do território marinho protegido em cada país, mas que poderiam ser uma referência também em nível estadual. Os resultados também apontam uma predileção pela criação de UC de uso sustentável (6,69% do território), em detrimento das unidades de proteção integral (0,54% do território). A caatinga do sedimentar possui 35% de sua área coberta por UC de usos sustentável, mas nenhuma unidade de proteção integral, se caracterizando como o ambiente mais suscetível à ações com potencial de degradação. Os ecossistemas menos protegidos são o carnaubal (0,51% do ecossistema protegido), os cerrados costeiros (0,05% do ecossistema protegido), bem como a caatinga do cristalino (2,37% do ecossistema protegido). Considerando que a caatinga do cristalino e do sedimentar são os tipos predominantes de vegetação do Ceará, elas poderiam receber mais UCs, assim como os ambientes marinhos.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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