EXPECTATIVAS DE VIDA LIVRE DE DIABETES NAS POPULAÇÕES DE IDOSOS DO CEARÁ, REGIÃO NORDESTE E BRASIL

Autores

  • Erica Nobre Lima
  • Alane Siqueira Rocha

Resumo

Os processos de transição demográfica e epidemiológica ocorrem de forma desigual em países como o Brasil, considerando seus diferentes níveis de desenvolvimento econômico em suas várias regiões. Esses processos acarretam crescimento da população de idosos, aumento de sua longevidade, bem como alterações no perfil de morbimortalidade da população e concomitante aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como o Diabetes Mellitus (DM). O DM é uma patologia endócrina que pode ocasionar alterações correlacionadas em órgãos importantes, como o coração, o sistema nervoso e os rins, interferindo nas condições de trabalho, saúde e qualidade de vida. A prevalência de DM é alta em todo mundo, e as projeções mostram que tende a aumentar. As pessoas estão vivendo mais, mas com grandes mudanças nos padrões de qualidade de vida. Diante disto, o objetivo do trabalho foi estimar as expectativas de vida livre de DM (EVLD) nas populações de idosos do Ceará, Região Nordeste e Brasil para o ano de 2008. Para as estimativas de EVLD aplicou-se o Método de Sullivan (MS), a partir de pesquisa descritiva e quantitativa. O MS permite estimar a expectativa de vida, considerando uma determinada condição de saúde, através da combinação de dados transversais de prevalência dessa condição de saúde e uma tábua de mortalidade. Os dados foram extraídos do suplemento de saúde da PNAD de 2008 e da “Projeção da População das Unidades da Federação por sexo e idade: 2000-2030” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os resultados indicaram que as mulheres apresentaram maior prevalência de diabetes em todas as regiões analisadas e, apesar de apresentarem maior expectativa de vida total, espera-se que as mulheres idosas vivam uma menor parcela de suas vidas livres de DM em relação aos homens idosos, e indicaram também que os idosos do Ceará apresentam maior EVLD em relação aos idosos da Região Nordeste e Brasil.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica