A AÇÃO IN VITRO DO INIBIDOR DE BOMBA DE EFLUXO CLORPROMAZINA SOBRE A FORMAÇÃO DE BIOFILMES BACTERIANOS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA
Resumo
Pseudomonas aeruginosa é um bacilo Gram negativo não fermentador muito associado a infecções relacionadas a assistência a saúde por ser um microrganismo oportunista. Além disso, possui uma resistência bastante elevada aos tratamentos convencionais e a sua capacidade de formar de biofilme é um importante fator de risco para essa elevada resistência, pois confere proteção ao patógeno, o que contribui para a elevação do tempo de internação do paciente e dos custos de hospitalização. Esse estudo tem o objetivo de avaliar a ação in vitro da clorpromazina na formação de biofilmes de cepas clínicas de Pseudomonas aeruginosa. Durante o período de estudo, 6 cepas foram analisadas, com perfis de resistência diferentes. A sensibilidade das cepas contra o composto foi realizada de acordo com o CLSI. Após isso, As cepas foram semeadas e incubadas em meio Brain Heart Infusion (BHI) por 24h, em seguida, foi preparado o biofilme em placa de 96 poços contendo 175µL de caldo BHI enriquecido de glicose (1%) contendo três concentrações da clorpromazina (CIM, CIM/2 e CIM/4) selecionadas de acordo com o teste de sensibilidade realizado previamente e 25µL de inóculo bacteriano a uma concentração de 10 x 10^9 células/mL. As placas foram incubadas a 37° C, por 48h, para a formação do biofilme. O experimento foi realizado em duplicata e os poços livres de inóculo bacterianos foram incluídos como controle de esterilidade. Após a incubação, foi realizado a quantificação da biomassa através da técnica com cristal violeta e a medição foi realizada por espectrofotometria em um comprimento de onda de 490 nm. Observou-se que houve uma redução na formação de biofilmes em todas as concentrações testadas, porém, a maior concentração testada teve uma redução de mais de 50% na formação de biofilmes. Assim, podemos ressaltar que a clorpromazina pode ser uma ótima alternativa na prevenção da formação de biofilmes de bactérias Gram negativas e sugerimos que mais estudos sejam realizados.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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