O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO MATERNA NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA CONJUGAL
Resumo
Esse trabalho tem como objetivo problematizar os efeitos da violência conjugal sobre o exercício da função materna. Dados disponíveis no Mapa da Violência Contra a Mulher (2015) apontam que o Brasil está na quinta posição entre os países que mais matam mulheres no mundo. Sabe-se que, pela psicanálise, para que um bebê se constitua psiquicamente, é necessário um ambiente saudável na infância, que lhe proporcione as condições básicas para o seu amadurecimento pessoal normal. Deste modo, considerando a extrema dependência do psiquismo infantil quanto à qualidade de sua relação com a mãe, destaca-se a relevância de se investigar os possíveis efeitos da violência vivida pela mulher nos modos como exerce sua função materna na relação com os filhos. A presente pesquisa será realizada em uma instituição da cidade de Teresina - PI que atende mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica, e seus filhos de um a três anos de idade, atestando aqui a relevância de pesquisas psicanalíticas acerca das relações precoces mãe-criança, fora do âmbito clínico tradicional. Trata-se, desta forma, de uma pesquisa baseada no método de investigação psicanalítico, de cunho qualitativo e de campo. Os benefícios da pesquisa para os participantes estão ligados ao fato de se oferecer um espaço de escuta e elaboração dos sofrimentos advindos do processo de vivência da violência conjugal. Os benefícios indiretos se relacionam à contribuição com o enriquecimento da psicopatologia psicanalítica, favorecendo o aumento de produção de conhecimento na área da clínica precoce e das psicopatologias do laço mãe-criança.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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