TRAJETÓRIAS SERTANEJAS: RETIRANTES DO NORTE, MIGRAÇÃO E COLÔNIA AGRÍCOLA SOCORRO (PE) NA SECA DE 1877-79.
Resumo
Na seca de 1877-79 muitas famílias sertanejas do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte encontraram na migração a experiência coletiva de deslocamento do alto sertão para as grandes vilas e capitais do Norte. Entre essas a província de Pernambuco, principalmente a cidade de Recife, foi um dos pontos de encontro de milhares de sujeitos em arribação, ocasionando, assim, uma preocupação da segurança e salubridade dos centros urbanos pelas autoridades e membros da comissão de socorros públicos. Uma saída para a aglomeração de pessoas foi a criação de colônias agrícolas na província, como a Isabel e a Socorro, onde parte dessas famílias eram enviadas para trabalhar na agricultura. Esse artigo narra a trajetória da migração de retirantes do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, saindo de suas casas até chegarem a colônia Socorro, na vila de Palmares, assim, destacamos os arranjos e desarranjos familiares e formas de organização naquele espaço de espera durante a seca. Essa pesquisa segue a linha de estudos da história da migração e mundos do trabalho na medida em que enxerga a construção dos sujeitos a partir de suas ações, expressões de luta e fronteiras de contato. Utilizamos como fontes documentais os jornais da província de Pernambuco, relatórios da comissão de socorros públicos e ofícios e registros administrativos da colônia Socorro. Os resultados parciais indicam formas de agenciamentos e rearranjos das famílias sertanejas no processo de migração, além de compreender as estratégias de controle interprovincial sobre a multidão retirante, exemplo, as colônias agrícolas, pelos agentes e instituições do estado durante a seca de 1877-79. Agradecemos a CAPES pelo incentivo e fomento para a realização dessa pesquisa acadêmica durante a pós-graduação.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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