ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DA CRIANÇA COM AUTISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Camila de Freitas Costa
  • Fabiane Elpídio de Sá Pinheiro
  • Luciana de Sousa Rodrigues Magalhães
  • Jose Lucivan Miranda

Resumo

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista caracteriza-se por prejuízos na comunicação, na interação social e por padrões restritivos ou repetitivos de comportamento. Torna-se fundamental o manejo destas alterações com a equipe interdisciplinar. Objetivo: Apresentar um relato de experiência sobre a abordagem interdisciplinar da criança com autismo. Metodologia: Foi realizado um relato de experiência com uma criança do sexo masculino e idade de 7 anos e 6 meses assistido pela equipe interdisciplinar da Unidade de Transtorno do Espectro do Autismo do Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce no período de setembro a novembro de 2019. Resultados: O Autistic Behavior Checklist (ABC) inicial da criança ao ingressar na instituição foi de 92 para 59 após intervenção de 2 anos e 10 meses com a equipe interdisciplinar constatando uma melhoria nos escores. A prática interdisciplinar interveio nas seguintes áreas: comunicação e seletividade alimentar, suporte e orientação familiar e integração sensorial. Foram realizadas atividades lúdicas com alfabeto, cores e figuras de animais, a fim de ampliar o vocabulário do paciente; atividades com frutas e comidas diversas, estimulando o tato e o olfato e ampliando o repertório alimentar; atividades de grupo com os colegas para que fosse possível trabalhar a socialização e o brincar compartilhado, e atividades com brinquedos lúdicos para estimular o jogo simbólico e o reconhecimento das emoções. Conclusão: Ao final do período de intervenções, a criança apresentou melhora no comportamento, tais como permanecer sentado durante todo o atendimento, na interação com o outro, como também evoluiu na flexibilização de sua rotina e alimentação. Além disso, a criança desenvolveu comunicação funcional e aprendeu a suportar situações de frustrações. Essas conquistas possibilitaram que o paciente passasse a se comunicar sem a necessidade premente de um intermediário e obtivesse uma melhor convivência no ambiente escolar e familiar.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão