A metafísica da cinefilia: indústria, cinema e tempo
DOI:
https://doi.org/10.36517/arf.v17iespecial.95591Palavras-chave:
Tempo. Bergson. Cinema. Indústria. Taylorismo.Resumo
Inscrita em meio aos avanços tecnológicos da modernidade, a filosofia da duração de Henri Bergson pode auxiliar na observação de certos fenômenos que tomam conta da sociedade. Sua distinção metafísica entre Tempo e Duração serve como ponto de partida. Tempo é de natureza distinta de Duração, pertencendo ao campo do espaço. Erroneamente tomamos o espaço por tempo pela celeridade de agir. Bergson enxerga com naturalidade a tendência da imaginação em espacializar o tempo. Contudo, esta forma dada ao tempo auxilia a submissão do trabalhador. O modelo Taylorista de industrialização se serve da analítica do tempo espacial para delimitar os esforços dos operários nas fábricas, retirando da equação temporal a liberdade e inserindo o determinismo maquínico para o corpo humano. Sendo fruto da época, o cinema, nascido das fábricas, vem no auxílio pedagógico do modelo industrial de tempo espacializado para acostumar a percepção humana à aceleração, portanto pensando o movimento por meio de ações no espaço e não em seu sentimento de fluxo. Isto se dá especialmente pela abolição dos tempos mortos por meio da montagem privilegiando a ação espacial. Pensar em Duração e compreender o cinema enquanto fluxo poderia ser um caminho para se desfazer das amarras do espaço, num caminho rumo à liberdade. Como referência, tomaremos o livro A metafísica da cinefilia: uma leitura bergsoniana do cinema.
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Referências
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